São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 1997
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Chegou a ginástica de resultados'

ANGÉLICA BANHARA
EDITORA-ASSISTENTE DE CIDADES

As academias de ginástica passam por uma nova fase: a intensidade ganha espaço da complexidade. As novidades buscam aumentar a capacidade -muscular, vascular, cardiorrespiratória-, com exigência menor de habilidade -nada de coreografias ou sequências difíceis.
A idéia é diversificar, variar para ganhar mais adeptos. E tentar romper com o estereótipo de que só consegue frequentar a academias quem gosta da fórmula "pulos, dance music, sequências complicadas e alguns gritos".
Neste ponto, 1997 é quase um marco. Quem busca definição muscular e nunca teve coragem de começar a fazer musculação pode experimentar o recém-lançado bodypump. Adeptos do trabalho aeróbico que detestam coreografias ganharam a bike class.
O boxe em sala de aula conquistou mulheres e admiradores da modalidade. Os mais preocupados com elasticidade, postura e equilíbrio incorporaram as bolas gigantes de fitball. E engana-se quem acha que opções para exercícios na água são só hidroginástica e natação. Variações incluem corrida na água (deep running), condicionamento físico e aulas mais puxadas.
Ginástica aeróbica, step (plataforma semelhante a um degrau) e funk continuam a integrar as planilhas de aulas. Mas diretores técnicos das academias de São Paulo são unânimes ao definir a prioridade dos alunos hoje: definição muscular, um tipo de "ginástica de resultados". As pessoas querem ver incorporado o trabalho que estão fazendo.
Com isso, mulheres invadiram salas de musculação, e homens, aulas de ginástica localizada -que ganharam novos nomes e mais intensidade. Os circuitos (aulas que misturam trabalhos aeróbios e localizados) ganharam mais recursos e acessórios.
As aulas estão mais seguras e eficientes. Os movimentos, mais simples, diminuindo as chances de o aluno torcer os pés ou cair. A eficiência aumenta com a individualização do trabalho. Em uma aula mais coreografada, o objetivo é acompanhar o professor. Numa aula de localizada (ou circuito, ou bodypump), além das sequências mais fáceis, o aluno pode usar diferentes pesos para cada exercício -e aumentá-los com a melhora da performance.

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