São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 1997
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Irmã afirma que grávida é inocente

DA REPORTAGEM LOCAL; DO "NOTÍCIAS POPULARES"

A corretora de seguros Rita de Cássia Dato, irmã de Carla Andréia Dato, não acredita que sua irmã tenha matado o filho logo após o parto. Em sua opinião, houve um acidente.
"A Carla é muito calma, adora crianças e estava louca para ter o filho. Tenho certeza de que ela não faria essa loucura que estão falando", declarou Rita de Cássia pelo telefone.
Rita de Cássia não conversou com a irmã depois que ela perdeu o filho. "Fui visitá-la no hospital, mas ela está inconsciente. Só sei o que a polícia está falando. Mas sei que ela não teria coragem de matar o filho."
Carla Andréia estava indo a Porto Seguro para visitar a irmã Rita de Cássia, que está morando na cidade há três anos, trabalhando como corretora de seguros.
Namoro
Segundo Rita, desde que mudou para o Nordeste, sua irmã a visitava constantemente -pelo menos três vezes por ano.
Em uma das visitas, afirma Rita, ela conheceu um homem identificado apenas como Jarbas, que seria o pai da criança. Eles teriam namorado por um curto período e trocado vários telefonemas após o retorno de Carla a São Paulo.
Quando soube que ela estava grávida, Jarbas teria rompido o relacionamento. Mesmo assim, Carla teria decidido ter o filho.
"Acho que ela estava vindo para cá para encontrar o Jarbas, mas não tenho certeza se ele era o pai da criança que ela estava esperando", declarou Rita de Cássia.
Família
Rita de Cássia falou que, até a tarde de ontem, a família ainda não havia contratado um advogado para defender Carla Andréia.
"A preocupação inicial da família é com a saúde dela. Amanhã, vamos contratar um advogado e provar que ela não cometeu crime", declarou.
Os pais de Carla não teriam sido informados do incidente no avião, segundo Rita. "Eles têm problemas cardíacos e saíram de São Paulo."
Rita não quis divulgar o endereço ou o telefone da família. A Folha não havia localizado os pais de Andréia Dato até as 19h de ontem.

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