São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997 |
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Falta de caixa da prefeitura faz paulistano ter "dívida" de R$ 945
MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
Com uma dívida total que ultrapassa os R$ 9 bilhões -maior que o Orçamento anual do município-, esse é o valor que caberia a cada cidadão se o montante fosse dividido por igual entre a população paulistana. A dívida per capita do município, apesar de alta, seria menor que a do Estado. Uma suposta divisão da conta paulista representaria um débito de R$ 1.494 para cada um dos 33.719.835 habitantes. A diferença é que a crise paulistana obrigou a prefeitura a cortar serviços básicos, como a varrição de ruas e a limpeza de bueiros. A maioria dos compromissos do município vence até o ano 2000 -e cerca de R$ 800 milhões em despesas de 97 serão empurradas para o próximo ano. No Estado, um acordo entre Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso possibilitou o refinanciamento da dívida. Na prática a dívida estará "federalizada" em 30 anos, com juros subvencionados de 6% -menos da metade do custo da rolagem da própria dívida federal. O economista Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, presidente estadual do PL e ex-secretário do Planejamento na gestão Maluf (1993-96), diz que esses números mostram que as finanças estaduais ainda não foram saneadas. A dívida de São Paulo saltou de R$ 23 bilhões no final do governo de Luiz Antonio Fleury Filho, em 94, para R$ 50,4 milhões no terceiro ano da gestão de Mário Covas, apesar da política de contenção. A causa maior para o crescimento da dívida, segundo o governador Covas, teriam sido as altas taxas de juros. Em três anos, a dívida estadual cresceu 120%, enquanto a municipal aumentou 26%. Texto Anterior: Corumbá, 'falida', fecha porta da prefeitura Próximo Texto: TCM quer desabrigar projeto de Oscar Índice |
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