São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997
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Pitta chama empresas de ônibus de cartel

EDSON MONTEIRO
DA "FOLHA DA TARDE"

O prefeito Celso Pitta disse ontem que não vai promover uma nova auditoria nas contas das empresas de ônibus para rever o valor do subsídio pago atualmente, de R$ 0,07, e, consequentemente, discutir a dívida que as empresas alegam ter direito a receber.
"A auditoria, feita pela Fipecaf (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Contábeis e Financeiras da USP), que é um instituto idôneo, está à disposição das empresas", afirmou.
O secretário dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, mandou as empresas "cobrarem o que acham ter direito na Justiça".
Para Pitta, as empresas de ônibus formam um cartel (acordo entre empresas de um setor para distribuir cotas do mercado entre si). "São Paulo será uma cidade aberta para as empresas de ônibus e não objeto de um cartel", afirmou.
Pitta publicou no "Diário Oficial" de ontem uma ordem interna para que o processo de licitação para a concessão das linhas a novas empresas de ônibus comece imediatamente.
Perguntado sobre como suspender os contratos das empresas, o que só pode acontecer em caso de quebra contratual, Pitta disse que "a paralisação de ontem (anteontem) foi caracterizada como sendo uma paralisação patronal, ou seja, um locaute".
Nota
O Transurb (sindicato das empresas de ônibus) divulgou nota anteontem afirmando que a prefeitura deve R$ 51 milhões referentes ao período entre dezembro de 96 e setembro deste ano, além de R$ 352 milhões por serviços prestados de julho de 93 a maio de 94.
O Transurb protocolou pedido de caráter abusivo da greve junto à Justiça do Trabalho.

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