São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997 |
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Beethoven encerra temporada deste ano
IRINEU FRANCO PERPETUO
Quebrando o padrão das outras óperas do ano, "Fidelio" não terá cenários e figurinos do Colón de Buenos Aires. "O Municipal não pode ser um mero repetidor dos eventos do Colón", afirma o maestro Isaac Karabtchevsky, diretor artístico do teatro. "A repetição de fórmulas acaba cansando." Orçada em R$ 850 mil, a produção traz cenários alugados na Ópera de Dusseldorf (Alemanha), com direção cênica de Tobias Richter -filho de Karl Richter (1926-1981), regente que ficou famoso por suas gravações de Bach. Karabtchevsky rege o Coral Lírico e a Sinfônica Municipal nas cinco récitas. O elenco é capitaneado por cantores estrangeiros pouco conhecidos no Brasil: o tenor norte-americano William Cochram faz o papel de Florestan, enquanto Leonore é interpretada pela soprano irlandesa Suzanne Murphy. Programação de 98 A temporada de óperas do Municipal do ano que vem está praticamente fechada, com "Carmen", de Geroges Bizet (1838-1875), "Le Comte Omry", de Gioacchino Rossini (1792-1868), "Boris Godunov", de Modeste Mussorgski (1839-1881), "Otello", "Attila" e "Don Carlo", de Giuseppe Verdi (1813-1901). Esta última está marcada para setembro do ano que vem e deve ser encenada por cantores, orquestra e coro do teatro La Fenice, de Veneza, onde Karabtchevsky é diretor musical. Incendiado em 95, o teatro tem reinauguração prevista para 99. O La Fenice tem excursionado pelo mundo com seus corpos estáveis, com passagens subsidiadas pelo governo italiano. Sua vinda ao Brasil deve custar US$ 1,5 milhão. Outro projeto ambicioso é a ópera "Boris Godunov", de Mussorgski, que deve ter o baixo russo Anatoli Kotcherga no papel principal. "Como o Convent Garden, de Londres, está fechado para reformas, estamos tentando alugar os cenários que o cineasta russo Andrei Tarkovski construiu para essa ópera." "Attila", de Verdi, terá o baixo norte-americano Samuel Ramey como protagonista. "Otello", também de Verdi, reutilizará os cenários empregados na montagem deste ano. "Isso foi possível graças à central de produções que foi construída no Ipiranga", diz Karabtchevsky. "Temos lá um grande galpão no qual é possível guardar os materiais e reaproveitá-los, para baratear as produções." Ópera: Fidelio Quando: hoje, dias 6, 10 e 12, às 20h30; dia 7, às 17h Onde: Teatro Municipal (pça. Ramos de Azevedo, s/nº, tel. 011/222-8698) Quanto: de R$ 5 a R$ 50 Texto Anterior: 'Billboard' fala do mercado brasileiro Próximo Texto: Primeira versão da obra foi fracasso Índice |
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