São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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Bolsa de Tóquio tem queda de 1,68%

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Valores de Tóquio fechou ontem com queda de 1,68%, devido à grande venda de ações de bancos e corretoras.
Segundo analistas, o mercado financeiro teria reagido ao anúncio de que a agência norte-americana de qualificação de crédito Moody's Investors rebaixaria notas de bancos do país.
O índice Nikkei -que reúne as principais ações negociadas- perdeu 278,72 pontos e fechou a 16.306,79 pontos.
As ações de empresas dos setores de eletrônicos, de metalurgia e de construção civil também registraram quedas.
O iene, a moeda local, teve nova desvalorização em relação ao dólar. A moeda japonesa foi vendida a 129,26 por dólar, contra 128,87 na abertura das negociações.
Estagnação
O governo japonês reconheceu ontem as dificuldades que enfrenta a sua economia e afirmou que o crescimento em 1997 será inferior a 1%, a pior taxa desde 1994.
A última previsão que havia sido divulgada pelas autoridades do país foi de 1,9%.
Koki Omi, diretor-geral da Agência de Planejamento Econômico, afirmou que era "apropriado dizer somente que a economia estava estagnada".
Em seus informes anteriores, Koki Omi afirmava, no entanto, que a economia estava "em processo de recuperação".
FMI
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Michel Camdessus, afirmou que era essencial que o mundo se assegurasse de que a economia do Japão está indo bem.
"A importância do Japão como a segunda maior economia faz com que seja essencial que o mundo esteja certo de que tudo vai bem", disse Camdessus.
Na próxima semana, o governo japonês deve anunciar novas medidas para ajudar a recuperar o sistema financeiro do país, incluindo o uso de recursos públicos para recuperar bancos em dificuldades.
O sistema bancário japonês vem enfrentando uma grave crise devido ao acúmulo de créditos considerados de difícil recuperação. No último mês, quatro instituições financeiras do Japão anunciaram falência: a Yamaichi Securities -a quarta maior do país-, o banco Hokkaido Takushoku, o Tokuyo City e a Sanyo Securities.
Ontem, a representante do Comércio Exterior dos EUA, Charlene Barshefsky, afirmou que o Japão deveria fazer "esforços mais vigorosos" para cumprir o acordo comercial firmado entre os dois países em 1995.

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