São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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Estados lançam projetos para driblar crise

DA REDAÇÃO

Para driblar a crise na saúde e tentar elevar a eficiência do atendimento oferecido pela rede pública, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal estão lançando projetos de reforma do modelo atual.
A maior tendência é a terceirização da administração de hospitais e transferência para grupos ou hospitais privados. A idéia enfrenta oposição e já foi chamada pelos seus opositores de "privatização".
Bahia terceirizou três hospitais -dois em Salvador e um em Ibotirama. Passou a administração para a iniciativa privada. O governador Paulo Souto afirmou que pretende ampliar o novo modelo para todos os novos hospitais construídos. Pelo projeto, o Estado entra com os equipamentos e as instalações, e os administradores pagam medicamentos, médicos e funcionários. A previsão é de redução de 30% dos custos.
Em São Paulo, o projeto é semelhante. O governo estadual pretende inaugurar, em 98, dez hospitais já sob o novo tipo de gestão. Vai transferir a gerência dessas unidades para grupos "experientes", como o Hospital São Paulo e a Beneficência Portuguesa. Ao Estado, só caberia a fiscalização e a liberação do dinheiro.
Em troca da gestão, os grupos receberiam o repasse do SUS e mais uma ajuda do Estado, que pode ser em dinheiro ou por meio do uso de uma porcentagem dos leitos com fins privados.
O governo estadual do Rio de Janeiro também pretende pretende, em 98, terceirizar os serviços de seis hospitais. O projeto, no entanto, está enfrentando oposição do Sindicato dos Médicos do Rio.
Já o Distrito Federal está tentando resolver a crise na saúde fazendo uma reorganização interna. O governo montou, há seis meses, uma alternativa para desafogar o atendimento na emergência dos hospitais: o projeto "Saúde em Casa". Equipes médicas fazem os atendimentos mais comuns nas próprias comunidades, evitando gastos com atendimento hospitalar.

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