São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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'Saúde em Casa' atrai médico com salário de R$ 4.000

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A principal dificuldade na implantação do "Saúde em Casa" foi convencer a população de que o programa era definitivo e não um caça-votos. Agora, a meta é transformá-lo em lei e evitar que o investimento do atual governo seja anulado por governos futuros.
A desconfiança inicial da população foi presenciada por agentes comunitários como Elizabeth Silva, 24, responsável pelo cadastramento das famílias na cidade-satélite de São Sebastião.
"Médico, na minha casa? Isso é conversa. Não vai dar em nada", diziam algumas pessoas, conta Elizabeth. Alguns moradores se recusaram a fazer o cadastro. Temiam que os dados fossem usados contra eles pelo governo.
Outro problema persiste: médicos e enfermeiros para cumprir a jornada semanal de 40 horas, com dedicação exclusiva. As saídas foram o estímulo à "importação" de profissionais de outros Estados -e mesmo dois de Cuba- e a oferta de um salário acima da média. Médicos da rede hospitalar convencional, que trabalham 24 horas por semana, recebem R$ 1.300 iniciais. Os do "Saúde em Casa" têm salários de R$ 4.000.

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