São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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FMI libera US$ 5,6 bi do pacote sul-coreano

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou ontem a aprovação do crédito de US$ 21 bilhões que faz parte do pacote de ajuda internacional que será concedido à Coréia do Sul.
O socorro financeiro ao país será de US$ 57 bilhões, segundo dados oficiais.
Estima-se, no entanto, que a ajuda pode ultrapassar os US$ 60 bilhões, informou um funcionário do governo sul-coreano à agência de notícias "Associated Press".
O pacote aumentaria com aportes de países como Bélgica, Holanda e Suécia, que ainda não anunciaram oficialmente a contribuição.
O pacote de ajuda à Coréia é o maior da história, superando o socorro enviado ao México em 1995, de US$ 48 bilhões.
Segundo o FMI, US$ 5,6 bilhões serão enviados imediatamente para cobrir as reservas internacionais do país e os débitos bancários urgentes.
Reformas
"A hemorragia das reservas externas da Coréia foi interrompida", disse ontem Stanley Fischer, subdiretor do FMI, em Washington (EUA).
"Nós confiamos que as autoridades do país farão sua parte para cumprir o acordo".
A segunda parte dos recursos, de cerca de US$ 3,6 bilhões, estará disponível no dia 18 de dezembro, depois da avaliação que o FMI deve fazer das reformas econômicas realizadas no país.
O envio da nova remessa de recursos, em 8 de janeiro do próximo ano, também dependerá dos resultados das reformas.
Em comunicado oficial, o FMI diz que "os objetivos macroeconômicos do programa incluem a criação de condições para uma pronta recuperação da confiança".
Em troca do pacote, o FMI exige que a Coréia do Sul diminua o déficit orçamentário e que reduza de 6% para 3% a expectativa de crescimento econômico em 1998.
Segundo analistas, um dos resultados das reformas no país será o aumento do desemprego.
Calcula-se que cerca de 1,5 milhões de sul-coreanos podem ficar desempregados.

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