São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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Malásia corta gastos e investimentos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo da Malásia anunciou ontem a adoção de medidas econômicas de emergência para reduzir o gasto público e recuperar a confiança dos investidores.
A estimativa do governo do país é diminuir a taxa de crescimento econômico, que atualmente varia entre 4% e 5% ao ano.
O vice-premiê e ministro das Finanças, Amwar Ibrahim, disse ontem, durante uma coletiva de imprensa, que entre as medidas de prevenção adotadas está o cancelamento do plano de aquisição de novos aviões para a companhia aérea estatal, a Malásia Airlines, assim como a compra de novos navios para sua frota nacional.
As medidas também incluem a suspensão temporária do projeto de construção de uma rodovia e uma estrada de ferro, que devem ligar a península de Malacca à vizinha Tailândia.
Segundo o ministro, apenas a construção do gasoduto, planejado anteriormente pelo governo da Malásia em conjunto com o governo da Tailândia, deve continuar.
O projeto de aplicação de uma taxa fiscal aos bancos para dar apoio aos clientes com problemas econômicos, também foi suspenso pelo governo.
Ibrahin também prometeu que não haverá ajuda oficial para as instituições financeiras ou bancárias, que mantenham contatos estreitos com a atual administração.
O ministro disse que no pior dos casos, o crescimento econômico do país para o próximo ano pode ficar entre 4% ou 5%, o que representará a perda de cerca de 200 mil postos de trabalho no país.
Durante o ano de 1997, segundo dados oficiais, o crescimento econômico da Malásia foi de 7%.
Desde o mês de julho, quando começou a crise econômica no Sudeste Asiático, a moeda da Malásia -o ringgit- foi desvalorizado em mais de 40%, enquanto a Bolsa de Valores de Kuala Lumpur, perdeu em torno de 50% da sua capitalização.
Mercado
A Malásia entregou ontem à Organização Mundial do Comércio do Comércio uma proposta de liberalização de seu mercado financeiro, segundo anúncio da OMC.

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