São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997 |
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Férias chegam às empresas do Nordeste
VANDECK SANTIAGO
Até ontem, 250 empresas já haviam comunicado à DRT (Delegacia Regional do Trabalho) que iriam colocar os funcionários em férias coletivas. No ano passado foram 132 empresas. O total de trabalhadores atingidos pela medida é estimado em 15 mil. "As férias coletivas são um mecanismo que normalmente precede a demissão em larga escala", disse o presidente da CUT-PE, Jorge Perez. Para o economista Adalberto Arruda, consultor de empresas, "o que está acontecendo é a adoção de medidas de precaução das empresas por conta do pacote do governo federal". Na opinião da delegada regional do Trabalho, Inez Avelar, a medida "não deixa de ser um sinal de crise", mas não é "um indicador automático de que significará demissão em massa". "Em períodos posteriores a mudanças econômicas, as empresas tendem a se retrair, para ver o que acontece", disse ela. Segundo a DRT, pouco mais de 90% das empresas que estão dando férias coletivas são da indústria. Algumas delas têm produções direcionadas para o setor automobilístico, como a Motogear (que fabrica engrenagem para motos) e a TCA (de componentes automotivos). A indústria de Pernambuco está entre as poucas que tiveram aumento de emprego no período de janeiro a outubro, segundo indicadores levantados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgados anteontem. Enquanto a taxa média nacional de emprego na indústria caiu 3,77%, a de Pernambuco cresceu 1,01%, sendo superada apenas pela da Bahia (2,28%). Texto Anterior: Mário Covas apoia acordo da Força Próximo Texto: ABC ganha fábrica da Land Rover Índice |
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