São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Modernidade é isso aí; Estatismo neoliberal; Jogo arriscado; Mais atrapalha que ajuda; O tamanho do balaio; Rótulo disputado; Ninguém acredita; Verso e reverso; Perdendo o brilho; Mostrando serviço; Questão de tempo; Não usa mesmo; Só para lembrar; O bom baiano; Gentileza judicante

Modernidade é isso aí
O Estado do Rio, que vendeu o Banerj e outras estatais, agora será sócio de revendedoras Peugeot. Foi parte do acerto entre o governador Marcello Alencar (PSDB) e a montadora de carros.

Estatismo neoliberal
O Estado do Paraná terá sociedade em revendedoras Renault. Está no acordo que o governador Jaime Lerner, do privatizador Partido da Frente Liberal, se recusa a mostrar ao Senado.

Jogo arriscado
A exemplo da greve dos petroleiros em 95, FHC quer quebrar a espinha da CUT em 98, isolando agora os metalúrgicos do ABC. Para o presidente, eles querem politizar o desemprego. Detalhe: de ACM ao PT, todos já politizam tudo pensando nas eleições.

Mais atrapalha que ajuda
Lula acha o MST um dos maiores problemas que terá de enfrentar na disputa pelo Planalto. Para o petista, o movimento faz besteira atrás de besteira. A última foi Stedile defender a invasão e a estatização de bancos.

O tamanho do balaio
Para ACM, a correlação de poder entre os partidos aliados em um eventual segundo governo de FHC dependerá da quantidade de votos que cada grupo dará ao presidente. Na Bahia, diz, ele tem mais votos do que o tucano.

Rótulo disputado
Deputados tucanos ouviram de FHC que Tony Blair gostaria de transformar o PSDB no interlocutor brasileiro do Partido Trabalhista inglês. Mas uma ala liderada pelos britânicos à esquerda do premiê prefere continuar com o PT e o PDT.

Ninguém acredita
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, tem se esforçado para deixar claro a seus interlocutores que não teria força no governo e que não manda em FHC. O problema é que a realidade contraria o pefelista.

Verso e reverso
O PFL está ficando parecido com o PT. Em 12 anos de existência, fez 155 reuniões da Executiva Nacional, 34 delas (21,9% do total) só em 97. As reuniões não resolvem nada, mas, ao contrário do PT, têm servido para unir o partido, segundo dirigentes.

Perdendo o brilho
"FHC está precisando de um verniz", diz um deputado tucano. Não entende por que o presidente se recusa a receber em audiência o presidente dos metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, que é ligado à CUT e ao PT.

Mostrando serviço
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) faz teleconferência terça com Procons estaduais para divulgar novas normas para o setor: corte de luz só com aviso prévio de 15 dias, e o prazo máximo para a religação cai de 3 dias úteis para 48 horas.

Questão de tempo
De Eduardo Giannetti da Fonseca, economista da USP, sobre a política econômica de FHC: "O Brasil é um México em câmara lenta". Em 94, o peso mexicano sofreu brutal desvalorização, causando forte recessão.

Não usa mesmo
Há parlamentares pensando em apresentar uma emenda que tire do Senado o poder de fiscalizar as finanças dos Estados por absoluta inutilidade da prerrogativa. Até hoje a Casa nunca rejeitou um pedido de socorro.

Só para lembrar
No início de novembro, Malan avaliava que o Brasil seria o país mais prejudicado com o agravamento da crise na Coréia do Sul. Disse a colegas de governo temer que o país virasse a bola da vez.

O bom baiano
O líder Geddel Lima se recusa a indicar os nomes do PMDB para a comissão da reforma da Previdência enquanto não sair crédito de R$ 150 mi para a pasta de Políticas Regionais, do seu partido: "Vou começar a me sentir muito preguiçoso. Ando cansado".

Gentileza judicante
Devido à hospitalização de Serjão, Maurício Corrêa (STF) deve adiar para fevereiro o julgamento da ação que Maluf move contra o ministro. O processo está pronto para julgamento.

TIROTEIO
De Andrea Matarazzo, presidente da Cesp, sobre a decisão do governo mineiro de não privatizar a Cemig, alegando que a estatal de energia é uma agência de desenvolvimento:
- É preocupante. O que levou a Cesp aos problemas financeiros que ela tem hoje foi essa visão de agência de desenvolvimento e não a de uma empresa concessionária de eletricidade.

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