São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997 |
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Ser mãe e pai é problema
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Na média dessas 11 capitais e nas cidades de seu entorno, a cada grupo de cinco famílias, um tem uma mulher à frente. O problema é que, em geral, ela chegou a essa condição porque ficou viúva ou separou-se do companheiro. Não por coincidência, 64% das famílias chefiadas por mulheres têm renda inferior a R$ 1.120. Entre as famílias chefiadas por homens, o percentual é menor: 54%. Quanto mais baixa a renda média da casa, maior a chance de o chefe do domicílio ser mulher. No grupo de famílias que vivem com até R$ 224 por mês, 42% têm chefes mulheres. No de renda superior a R$ 3.360, só 15%. São dois os motivos. Quando é chefe, a mulher tende a pagar todas as contas sozinha, ao contrário das casas chefiadas por homens que, muitas vezes, contam com a renda adicional da mulher. A outra razão é o machismo econômico. Em média, as mulheres ganham não mais do que dois terços do salário masculino -mesmo exercendo funções iguais e havendo estudado mais tempo. Texto Anterior: Inversão de papéis incomoda os homens Próximo Texto: Pagodeiro tira jogador do coração delas Índice |
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