São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Dirigente patronal prefere adiar discussão sobre acordo

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A polêmica entre as centrais sindicais sobre o acordo de redução de jornada de trabalho e salários assinado pelos metalúrgicos de São Paulo e as indústrias de autopeças pode afugentar da discussão setores empresariais interessados na questão.
"Temos interesse em discutir essas propostas, mas vamos aguardar um pouco mais porque a discussão politizou", afirmou Nildo Masini, presidente do Sicetel (Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos), que reúne as empresas de laminação.
"Os ânimos estão acirrados e não acho conveniente discutir isso agora, principalmente porque as férias coletivas estão se aproximando", acrescentou.
O Sicetel representa 83 empresas produtoras de matérias-primas para a indústria automotiva, de máquinas e equipamentos e de eletroeletrônicos. Essas indústrias empregam cerca de 35 mil trabalhadores.
"Estamos aguardando o melhor momento para negociar com os sindicatos de trabalhadores", disse Masini, que também é vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O acordo de redução de jornada de trabalho e salários, defendido pela Força Sindical sob o pretexto de que evitará demissões, encontrou forte resistência dentro da CUT, sua maior rival, que conta com uma base ampla na região do ABC paulista.
As empresas filiadas ao Sicetel sentiram uma redução de quase 25% nas vendas após o pacote do governo.
(ME)

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