São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997 |
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Banco alemão desaconselha máxi do real e prevê estagnação em 98 Para Dresdner, juros vão impedir crescimento do Brasil ANTONIO CARLOS SEIDL
À luz das medidas restritivas adotadas pelo país para defender o real de ataques especulativos, o Dresdner, segundo maior grupo financeiro da Alemanha, reduziu sua estimativa de crescimento do PIB do Brasil para 0% em 1998. A projeção anterior era de 2%. O banco alemão apóia, porém, a estratégia recessiva adotada pelo governo brasileiro. Pode ser, afirma, "um mal que veio para o bem", desde que o Executivo e o Congresso, pressionados pela crise asiática, façam todos os esforços possíveis para a aprovação "o quanto antes" das reformas constitucionais, que serão capazes de dar ao país equilíbrio fiscal. Discordando dos clamores para a maxidesvalorização do real, o Dresdner Kleinwort Benson diz que o duplo arrocho -monetário (juros altos) e fiscal (mais impostos)- é o alto custo que o país tem de pagar para alcançar equilíbrio fiscal de longo prazo. O grupo alemão acha que os déficits externos cairão acentuadamente como resultado da desaceleração econômica. O Dresdner reduziu a projeção do déficit em conta corrente do balanço de pagamento (o resultado de todas as transações do país com o exterior) para US$ 28,4 bilhões em 1998 (3,7% do PIB), menos 15% em relação à projeção anterior. Isso, mais a receita das privatizações, diz o relatório, manterá a credibilidade do real, "comprando" tempo para as reformas constitucionais, já que as medidas restritivas não garantirão o equilíbrio fiscal permanente. Para o Dresdner, o governo sinalizou, de maneira clara, sua determinação de defender o atual regime cambial. O jornalista Antonio Carlos Seidl viajou à Alemanha a convite da Siemens Texto Anterior: FHC diz que a queda nos juros depende da situação internacional Próximo Texto: MERCOSUL Outros sócios devem aderir ; União aduaneira; Idéias bizarras Índice |
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