São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Chefe da segurança é do tempo da ronda a cavalo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Até no item segurança o City Boaçava ostenta um quê de mundo à parte. Em época de rotatividade de mão-de-obra, o bairro mantém há 40 anos o mesmo funcionário.
Viana de Oliveira, 64, conhecido como Vianinha, é o chefe da equipe de segurança e conta que, quando começou a fazer ronda, o meio de transporte usado era o cavalo.
"Quando eu cheguei aqui, as ruas eram de terra, não havia iluminação nem esgoto."
Segundo ele, existe um grande número de ex-moradores que vivem visitando o bairro à procura de casas. "Muita gente que morou aqui quer voltar."
Para ter acesso ao sistema de segurança, os moradores pagam uma taxa mensal de R$ 70. Esse dinheiro financia 12 seguranças divididos em três turnos. Esses homens fazem ronda a pé e de carro.
O associado pode, a qualquer hora do dia ou da noite, solicitar que um carro da segurança o acompanhe até a porta de casa.
"Esse serviço é muito bem-visto pelos moradores, e a pessoa responsável pela segurança tem total credibilidade", afirma a psicóloga Elisabete de Andrade Machado Botelho, 40.
Apesar disso, muitos acabam reforçando o sistema de segurança. Ohannes Atchabahian Júnior, 32, comerciante, que está construindo sua casa, é um exemplo.
Ele diz que, além de pagar a taxa de R$ 70 para o serviço de segurança do bairro, vai instalar um sistema de proteção na parte externa e interna da casa. "Vou colocar até câmeras de vídeo."
Para ele, o maior perigo está na hora de chegar e sair de casa. "Nesses momentos a segurança fica mais vulnerável."

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