São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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PMDB defende renúncia coletiva

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Setores do PMDB defendem a renúncia de toda a diretoria do DNER para facilitar a apuração das denúncias de corrupção no órgão. As bancadas responsáveis pelas indicações são contrárias à solução.
Se houver renúncia coletiva -proposta também defendida pelo Palácio do Planalto-, depois de concluída a sindicância interna, seriam mantidos os diretores sem participação comprovada nas irregularidades.
Parlamentares mais próximos ao ministro Eliseu Padilha (Transportes) chegaram a sugerir a antecipação de seu retorno a Brasília. Padilha está na Alemanha e só deve voltar ao país na quinta-feira.
Segundo esses parlamentares, desde que assumiu o cargo, Padilha tem enfrentado dificuldades no DNER. Numa das primeiras reuniões com o presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro discutiu a situação do órgão. Padilha disse ao presidente que as indicações eram políticas. FHC pediu que deixasse o DNER como estava.
O ministro diz a parlamentares de seu grupo político que não tem acesso direto à diretoria do DNER. A intenção de Padilha, segundo esses parlamentares, sempre foi colocar uma pessoa de sua confiança na direção do órgão.
O diretor-geral do DNER, Maurício Hesenclever Borges, indicado pelo PMDB, é ligado ao prefeito de Contagem, Newton Cardoso, e ao deputado Fernando Diniz.
Em conversas com parlamentares, Newton Cardoso afirmou que ninguém mexeria no DNER porque o presidente lhe havia prometido esse cargo.

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