São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997 |
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Vereadores reelegem Nelo Rodolfo
MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
Vão compor a mesa diretora da Câmara, a partir de 1º de janeiro de 98, os vereadores Zé Índio, do PPB (1º vice-presidente); Antonio Goulart, do PMDB (2º vice); Ana Maria Quadros, do PSDB (1ª secretária); e Natalício Bezerra, do PTB (2º secretário). Foram eleitos ainda para a suplência os vereadores Jorge Taba, do PDT, e Maria Helena Fontes, do PL. A composição da mesa atende aos interesses de toda a base governista, com exceção do PFL. "Nós estamos fora da composição da mesa por vontade própria. Além disso, mesa e cadeira é o que não falta em meu gabinete", afirma, irônico, o pefelista José Izar. Também o PT teria optado por ficar de fora da composição da mesa, apesar de o líder da bancada, Arselino Tatto, ter participado de reuniões com o candidato Nelo Rodolfo para garantir uma vaga. Segundo nota oficial divulgada pelo PT, o apoio a Rodolfo estava vinculado à abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apuração do suposto superfaturamento na compra de frangos pela prefeitura, do caso dos precatórios, de corrupção dos vendedores ambulantes e de irregularidades no uso e ocupação do solo. As negociações para a composição da mesa diretora da Câmara tiveram a participação direta do secretário municipal de Governo, Edevaldo Alves da Silva, que acompanhou por telefone todo o desenrolar da votação. Ele interveio, por exemplo, para garantir que a vereadora Maria Helena (PL) aceitasse a suplência -embora tivesse negociado seu apoio a Rodolfo pela 2ª secretaria. Também a definição em torno do nome de Rodolfo foi obtida após o secretário de Governo ter ameaçado de retaliação os vereadores "rebeldes". O vereador Armando Mellão (PPB), que chegou a anunciar a sua candidatura para "moralizar a Câmara", retirou seu nome da disputa e votou em Nelo Rodolfo. Texto Anterior: Supremo nega habeas corpus a prefeito Próximo Texto: PAS repassa verba ilegal para salário Índice |
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