São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997 |
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Palmeiras se cala sobre o 'perdão' para Edmundo
DA REPORTAGEM LOCAL A possibilidade de o atacante Edmundo jogar no próximo domingo fez os dirigentes do Palmeiras "perderem" a voz. Ontem, no centro de treinamento do clube, os palmeirenses pouco falaram sobre as possíveis estratégias para barrar o atacante carioca, que foi expulso anteontem, na primeira partida das finais do Brasileiro."Vamos ter advogados trabalhando no Rio de Janeiro e em São Paulo", disse Sebastião Lapolla, diretor remunerado do clube, dentro de seu carro, após se recusar a dar entrevistas. "Estou muito atrasado. O Mustafá (Contursi, presidente do Palmeiras) me telefonou três vezes. Preciso ir ao Parque Antarctica para uma reunião", justificou. Já o técnico Luiz Felipe Scolari recusou-se a dar qualquer declaração. O técnico informou, por meio da assessoria de imprensa do clube, que "estava de folga". Inicialmente, os jogadores do Palmeiras deveriam se reapresentar para os treinamentos ontem. Porém a movimentação foi adiada para hoje de manhã. Apenas Euller, Cléber, Agnaldo, Oséas e Galeano foram até o clube. Os três primeiros foram fazer tratamento médico. Euller está com um problema no braço. Cléber, no maxilar -"O Edmundo, sem querer, bateu no meu rosto", afirmou Cléber. Agnaldo está se recuperando de uma tendinite (inflamação de tendão). Oséas e Galeano foram fazer treinos físicos. Segundo a assessoria, Scolari foi até o CT do clube apenas para definir a programação da equipe para esta semana. Mesmo com a presença de Scolari, os palmeirenses não definiram a data da viagem para o Rio. Existem duas possibilidades. O time pode viajar no sábado à tarde, após um treinamento tático, ou apenas no domingo, dia do jogo, horas antes do início da partida. Fantasma Mesmo sem querer se envolver na discussão sobre a possível escalação de Edmundo, os jogadores do Palmeiras afirmaram que preferem não enfrentar o atacante. "Um jogador que tem velocidade com a bola no pé faz diferença. O Edmundo tem essa característica, que dificulta qualquer defesa", disse o zagueiro Cléber. O jogador acha que o empate em São Paulo não diminuiu as chances de o Palmeiras vencer o Campeonato Brasileiro. "Agora conhecemos melhor o Vasco. Vamos poder explorar os pontos fracos deles. E, jogando no Maracanã, eles terão que ser mais ofensivos", disse. Contrariando os prognósticos, o atacante Euller acha que o Palmeiras terá mais facilidade jogando no Rio de Janeiro. "Falei isso com meus familiares antes do jogo de domingo. Com a pressão da torcida, eles vão partir para o ataque", afirmou. "O Vasco joga em torno do Edmundo. Sem ele, vai mudar totalmente seu estilo", disse Agnaldo. Texto Anterior: A volta do cipó Próximo Texto: Falta de treino frustra 'alunos' Índice |
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