São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997 |
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Livro traz imagem melhorada do país Itamaraty lança obra hoje MARILENE FELINTO
O Ministério das Relações Exteriores lança hoje em Brasília o livro "Brasil - Território, Povo, Trabalho, Cultura". A obra faz parte de um projeto de mudança da imagem do país no exterior, que o governo está empenhado em desenvolver junto com as embaixadas brasileiras. Além de publicações, constam do projeto a realização de seminários, exposições, eventos e o lançamento de um CD-ROM em março. A idéia é contribuir para uma melhor compreensão do país lá fora. Aposta-se que quanto melhor se conhece o Brasil, melhor é sua imagem, palavras do próprio presidente Fernando Henrique Cardoso em texto de abertura ao livro. "É preciso ir muito além das categorizações rasas que por vezes pairam sobre o nosso país. É preciso deixar de lado o olhar meramente exótico. É preciso buscar os valores culturais e históricos que determinam o que é ser brasileiro", ele diz. A edição tem 228 páginas, com 300 fotos de 90 fotógrafos e textos de pesquisadores e ensaístas como Aziz Ab'Sáber, presidente de honra da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), e Ottaviano De Fiore, secretário de Política do Ministério da Cultura. O livro começa a ser distribuído a partir de fevereiro, com tiragem de 25 mil exemplares e edições independentes em português, inglês, espanhol, francês e alemão. A distribuição entre os formadores de opinião no estrangeiro ficará a cargo das embaixadas brasileiras. A publicação custou R$ 1,2 milhão, divididos entre cinco patrocinadores: BM&F, Volkswagen, Vasp, Fiesp e ABN-Amro Bank. São imagens de um Brasil de luxo que vão chegar à comunidade internacional. A textura, a luz das fotos desses livros de arte transformam qualquer realidade em maravilha: nossos cocos ficam mais verdes, nossa terra tem mais flores, nossa vida tem mais vida. Misto de apreciação acadêmica com folheto turístico, a obra quer apresentar um país "pronto para entrar no novo século", como diz o governo. Pode até ser. Difícil é acreditar que nós, o povo, estamos prontos para ir junto. Texto Anterior: Um leilão inédito no Rio Próximo Texto: BNDES financia 23,6% das privatizações Índice |
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