São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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Polícia rastreia cheques roubados de vítimas

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia vai investigar bares e restaurantes do Guarujá (litoral de SP) para tentar descobrir locais pelos quais um dos integrantes da gangue da batida -o que é apontado como loiro e alto- deve ter passado nos últimos dias.
Na edição de anteontem, a Folha publicou que um dos cheques roubados de L., 47, atacada pela gangue no mês passado, foi usado para pagar uma conta de R$ 75 num restaurante do Guarujá.
Segundo L., o dono do restaurante ligou para dizer que a conta foi paga por um homem alto e loiro, bem arrumado, que estava acompanhado de duas mulheres.
"Vamos seguir essa pista, que é muito importante", afirmou o delegado Albano David Fernandes, do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais). A polícia não tinha essa informação antes porque L. não prestou queixa do roubo.
O delegado Édson Soares, da 3ª Delegacia de Roubos do Depatri, também está investigando cheques de outras vítimas, que estão sendo usados pelos mesmos bandidos na cidade de São Paulo.
O delegado já encontrou um cheque de R$ 485, da vítima M., 42, que foi passado no dia 2 de dezembro por um dos assaltantes.
Pistas
Além da investigação dos cheques, o Depatri já tem pelo menos três pistas concretas para encontrar o loiro alto e o moreno magro que atacaram várias mulheres com a tática da batida.
Uma das pistas, que não são divulgadas para não atrapalhar as investigações, foi levantada ao se comparar os ataques recentes com um que aconteceu há mais tempo, com características idênticas.
"Nós já vínhamos apurando esse caso antigo e já temos fortes indícios para chegar à dupla de ladrões", disse o delegado Soares.
O Depatri tem até o momento seis inquéritos abertos -que se referem às seis primeiras vítimas que prestaram depoimento- para apurar a atuação da gangue.
Segundo Soares, as seis foram atacadas pela mesma quadrilha. Todas foram agredidas e duas sofreram abusos sexuais.
Participam da gangue, além do loiro e do moreno, mais um ou dois comparsas. Durante os assaltos, a dupla que aborda as vítimas mantém contato com os companheiros por telefone celular.
A vítima L., disse à Folha que os bandidos se referiam, durante as ligações, aos nomes de Costa e Tereza.
A prisão da gangue continua sendo prioridade da Divisão de Crimes contra o Patrimônio do Depatri.
Paralelamente às investigações do Depatri, o delegado Romeu Tuma Júnior, da Delegacia Seccional Sul, investiga a atuação de três homens presos no último domingo, que também são acusados de praticar assaltos com a tática de provocar pequenos acidentes de trânsito (leia texto ao lado).

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