São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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'Ele tem de sofrer como eu'

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo tendo reconhecido as roupas da sua filha Daniela, 5, a dona-de-casa Sandra Regina Oliveira, 37, disse ainda manter esperança de que a ossada seja de outro desaparecido. Leia a entrevista que ela concedeu à Folha em sua casa, que fica a pouco mais de 1 km do local onde a ossada foi encontrada.
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Folha - A roupa é de sua filha?
Sandra Regina Oliveira - Não tem o que tirar nem pôr, é um short azul e uma blusa cor-de-rosa. Mas eu quero estar enganada.
Folha - Qual foi a última vez em que a senhora viu Daniela?
Sandra - Foi no dia 11 de julho do ano passado, uma sexta-feira. Às 11h30, ela saiu de casa e, duas horas depois, uma coleguinha a viu aqui no portão. Eu ouvi a Daniela gritando "mãe", mas quando eu vim, ela não estava mais.
Folha - O que a senhora pensa que pode acontecer ao assassino?
Sandra - Esse monstro não pode ser preso. Para mim, matar é pouco, ele tem de sofrer como estou sofrendo. Deveriam amarrá-lo em um poste e cortá-lo em picadinho. Mas eu tenho esperança de que a ossada seja de outra criança.

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