São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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Outros projetos tentam resolver insegurança

DA REPORTAGEM LOCAL

Além da proposta da Febraban, há uma série de outras sugestões que procuram diminuir a ação de criminosos nos caixas eletrônicos.
O especialista em segurança de informações e de informática Carlos Caruso sugere que os bancos desenvolvam programas de computador que monitorem o perfil do cliente, estabelecendo quantidades individualizadas de saque.
O computador analisaria a média de saques do cliente. Por exemplo: se a pessoa retira, em média, R$ 100 por saque, o computador estabelece como sendo esse o seu limite de retirada.
"Se um dia o cliente for sacar R$ 600, o caixa eletrônico recusa a operação. É uma forma de evitar um assalto. O inconveniente é que limita o saque", disse Caruso.
O delegado-titular da 2ª Delegacia Seccional de São Paulo (região sul), Romeu Tuma Júnior, disse ontem que vai propor à Febraban e aos bancos que instalem caixas eletrônicos dentro dos distritos policiais de São Paulo.
Em troca da segurança que a polícia ofereceria aos caixas, Tuma Júnior sugeriu que os bancos financiassem reformas nas carceragens dos distritos.
Outra proposta é a do vereador José Izar, líder do PFL na Câmara Municipal de São Paulo, que sugeriu o fechamento dos caixas entre as 20h e as 8h.
O vereador quer que o projeto vá a segunda votação hoje -a proposta já foi aprovado em primeira votação. Além dessas sugestões, há pelo menos outras quatro (veja quadro acima) que afetam diretamente o cliente dos bancos.
Vigilantes 24 horas
A professora Greice Costa, que defende a permanência de um vigilante em cada unidade de caixa eletrônico, conta que já foi abordada por um assaltante ao retirar dinheiro, durante a noite. "Agora, só vou de dia."
A obrigatoriedade de ter seguranças nos caixas foi determinada por um decreto do ex-prefeito Paulo Maluf, em 1995. No entanto, as instituições que desrespeitaram a medida e receberam multas da prefeitura recorreram e foram isentadas de pagar.
"A restrição de horários faria as pessoas se organizarem a pegar dinheiro de dia. É uma boa", diz o radiologista André Fonseca.

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