São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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Carreira de medicina tem a maior nota

GIOVANA GIRARDI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) divulgou ontem a nota de corte das carreiras e a relação candidato/vaga para a segunda fase (veja quadro ao lado).
Em quase todas as carreiras houve um aumento de 10% na nota de corte em relação à do ano passado. Em apenas duas carreiras a nota se manteve estável (zootecnia - Pirassununga e odontologia - Bauru).
Biblioteconomia - UFSCar foi a única carreira que teve a nota de corte reduzida (de 44 para 40) e é a carreira com a menor nota.
A nota de corte mais elevada continua sendo a de medicina, 109. No ano passado, a nota desta carreira foi 102.
Um candidato de medicina foi quem também alcançou a nota mais alta da primeira fase: 146 pontos.
Mas até mesmo quem não está prestando para valer se preocupou com a primeira fase. A segunda pontuação mais alta foi conseguida por um treineiro de exatas, que fez 145 pontos, e por um candidato de direito.
Segundo o vice-diretor da Fuvest, José Atílio Vanin, os treineiros vêm conseguindo notas altas, o que demonstra que o vestibular cobra mais a formação geral do candidato: "Depende muito das atitudes que ele tem no segundo grau. Não basta ter somente um conhecimento especializado".
Além do aumento das notas de corte, o número de convocados para a segunda fase também vai subir. Para Vanin, a expectativa inicial é que sejam convocados cerca de 21.800 candidatos para a segunda fase. No ano passado, foram convocados 20.386. Do total, 4.747 são treineiros, contra os 4.326 do ano passado.
"Normalmente as pessoas pensam que quando sobe a nota de corte o número de convocados abaixa, mas isso não ocorreu. De um modo geral, todos estão bem preparados, e isso não significa que havia questões de graça na prova. Ela foi exigente", afirma.
Para ele, os aumentos significam que os candidatos estão valorizando mais a primeira fase: "Eles perceberam que uma boa classificação é importante para ocupar uma posição privilegiada no final".
Quanto à segunda fase, Vanin explica que as carreiras que tiveram um intervalo pequeno entre a nota mínima e a máxima devem ficar com uma disputa acirrada.
"Em medicina, por exemplo, serão convocados 1.504 candidatos que fizeram no mínimo 109 pontos e no máximo 146 pontos. Ou seja, todos eles acabam empatando num intervalo de 37 pontos."
Nas carreiras em que o intervalo entre as duas notas é muito grande, sai na frente quem obteve as maiores notas: "Quem sair na pole-position só não vence se quebrar no meio do caminho", afirma Vanin.

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