São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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Acordo é sofrível e prejudicial a trabalhador, afirma Medeiros

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em mais um lance da disputa entre as principais centrais sindicais do país, a Força Sindical classificou de "sofrível" e "prejudicial ao trabalhador" o acordo fechado ontem entre a direção da Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT.
"Voluntariado é a livre e democrática pressão dos supervisores sobre os empregados", disse Luiz Antônio de Medeiros, presidente da Força.
Segundo ele, em uma fábrica do porte da Volks em São Bernardo, com cerca de 22 mil funcionários, será impossível ter demissões voluntárias devido à complexidade do sistema.
"A CUT radicalizou e o trabalhador vai para a rua", disse.
A Força Sindical defende a redução de jornada de trabalho e dos salários como forma de evitar demissões, como ocorreu no setor de autopeças. Essa era a proposta inicial da Volks.
Medeiros afirmou que mandou ontem mesmo um telegrama ao ministro do Trabalho, Paulo Paiva, propondo a criação de um programa de qualificação para os metalúrgicos que forem demitidos da Volks.
"Queremos uma ação conjunta, onde o governo financiaria o programa, por meio do Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda)".

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