São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997 |
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Filha autorizou publicação
ANA FRANCISCA PONZIO
O coreógrafo Maurice Béjart foi um dos poucos que leu os escritos originais, que lhe serviram de inspiração para o balé "Nijinski, Palhaço de Deus", de 1971. Depois da morte de Romola, em 1978, os originais que ela havia confiado a uma amiga foram vendidos à casa de leilões Sotheby's, de Londres. Adquiridos por um antiquário inglês, foram revendidos a um norte-americano desconhecido, que mais tarde repassou os textos a outro colecionador anônimo, de nacionalidade sueca. No entanto, os direitos de publicação sempre pertenceram à família de Nijinski, representada por suas duas filhas, Kyra e Tamara. Foi Tamara que acabou permitindo a publicação integral dos diários em 1995, no volume intitulado "Cadernos". Isso só foi possível graças à interferência de Christian Dumais-Lvowski, diretor teatral canadense de origem russa, radicado desde 74 em Paris. Movido por um sonho antigo, Dumais-Lvowski procurou Tamara porque queria encenar os diários de Nijinski, que ele finalmente conseguiu levar aos palcos em 1994, no Festival de Avignon. O sucesso dessa montagem teatral convenceu Tamara, que mora em Phoenix, no Estado norte-americano do Arizona, a concordar com a edição do livro. (AFP) Texto Anterior: 'Cadernos' expõe Nijinski Próximo Texto: 'Sagração' revolucionou o balé Índice |
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