São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 1997 |
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Economista prevê um PIB zero em 98
MAURO ARBEX
As projeções feitas pelo economista para 98 indicam um primeiro trimestre de grandes dificuldades e uma reação a partir de abril. "O período recessivo, que começou em outubro (antes, portanto, do crash nas Bolsas e das medidas de ajuste do governo), deve terminar em março", afirma. Para Rabello de Castro, o PIB (Produto Interno Bruto) deve fechar o ano com crescimento zero, ante os 2,5% projetados para 97. Ele prevê uma inflação praticamente estável, juros reais em alta e o saldo da balança comercial menos negativo. Setor externo "O desaquecimento da economia no primeiro trimestre será suficientemente forte para ajudar o setor externo", diz. Nas projeções do economista, as exportações vão crescer para US$ 61,2 bilhões e as importações para US$ 64,7 bilhões, o que deve gerar um saldo negativo, no final do ano, de US$ 3,5 bilhões, contra US$ 8,8 bilhões esperados para 97. Alguns setores devem ser mais afetados no início do ano, conforme Rabello de Castro. É o caso dos alimentos. As vendas dos supermercados devem cair cerca de 8% nos primeiros três meses e se recuperar a partir do terceiro trimestre, fechando o ano com ligeiro recuo de 1%. O mesmo deve acontecer com a atividade industrial. Ele prevê queda nos dois primeiros trimestres, estabilidade no terceiro e alta no último, fechando o ano com retração de 1%. No caso dos veículos, o economista aposta em vendas 5% menores no próximo ano. (MA) Texto Anterior: Inadimplência do consumidor bate recorde Próximo Texto: Juros médios do crediário sobem a 10% Índice |
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