São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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Guarujá quer limpar seu nome em 98

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O Guarujá quer limpar seu nome neste verão. A intenção é deixar para trás a mancha que representou o rompimento do emissário de esgoto, que espantou veranistas da cidade em 96.
O balneário paulista aposta em três frentes para evitar que a fuga de turistas se repita: limpeza, segurança e balneabilidade das praias.
Na temporada 96-97, o turismo da cidade sofreu o impacto do rompimento do emissário submarino, que contaminou a água na praia da Enseada ao lançar esgoto a apenas 500 metros da areia.
Com o reparo realizado pela Sabesp no ponto de ruptura de 500 metros, o emissário -ainda rompido em outros dois pontos- está lançando esgoto a 1.100 metros de distância da praia.
Se o emissário estivesse funcionando perfeitamente, o esgoto deveria estar sendo lançado a 4.500 metros da praia.
Esse artifício, no entanto, não funciona em dias de chuva forte, quando ocorrem cheias nos canais e a água contaminada acaba transbordando e passando por cima dos bloqueios.
O reforço das ações de limpeza pública nas ruas estava previsto para começar ontem, com um mutirão da campanha Cidade Limpa, promovida pela Embratur (Empresa Brasileira de Turismo).
Trezentas pessoas, entre militares, servidores municipais e funcionários de empresas privadas, todos usando roupas amarelas, devem se engajar no mutirão, que deverá se repetir durante a temporada.
Além disso, a prefeitura promete implantar até janeiro 150 lixeiras e 50 banheiros químicos -do mesmo tipo dos existentes em aviões- ao longo da orla.
Segundo o prefeito, a limpeza das praias deverá ser feita por máquinas especiais, que serão alugadas pela prefeitura. As máquinas recolhem dejetos sem retirar areia.
Na área da segurança pública, a principal novidade será a criação de um serviço de intérpretes voluntários, destinado a atender turistas estrangeiros. Os voluntários estão sendo cadastrados e serão acionados por telefone pela PM em caso de necessidade.
O total de policiais militares trabalhando na cidade neste verão será de 850 homens -650 efetivos e 200 de reforço, vindos de outras cidades. É o maior contingente que a cidade já teve. Parte desses policiais já está trabalhando em operações diárias nas praias e bairros, para identificar suspeitos e prevenir crimes.

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