São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997 |
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Maré alta da poupança acaba em 98 FIFs renderão bem mais GABRIEL J. DE CARVALHO
Os últimos dados do Banco Central mostram que, na primeira quinzena de dezembro, os FIFs de 60 dias tiveram captação líquida (depósitos menos saques) negativa de R$ 2,3 bilhões, depois de perderem R$ 10,3 bilhões em novembro. Estimativas da Anbid (bancos de investimento) acusam perda ainda maior: R$ 3,1 bilhões. No mesmo período, a poupança teve captação líquida positiva de R$ 1,5 bilhão. Em novembro haviam ganho R$ 4,3 bilhões. Motivos Essa migração foi um dos motivos que levaram o BC a alterar de novo a fórmula de cálculo do redutor da TR, segurando o rendimento da poupança. O aumento do IR (de 15% para 20%) sobre o rendimento de fundos e CDBs a partir de 98 também influenciou. Outro motivo foi o impacto da TR mais alta nos saldos devedores e prestações de mutuários do SFH e, também, na dívida pública. Estados e municípios devem em TR e o rombo do FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais) é em boa parte responsabilidade do Tesouro. Redutor A tabela acima simula, a partir da nova fórmula do redutor, o que deve acontecer com TR e poupança em certos níveis de juros. Com TBF em torno de 2,50%, como atualmente, poupança de 1,61% cai para 1,30%. Partindo de um juro bruto de 2,50%, FIF-60 com taxa de administração de 3% ao ano renderia 1,80% líquido, descontado o IR de 20%. Um FIF-30, mesmo com compulsório, daria 1,70% líquido. Só que o parâmetro dos fundos é o CDI e ele tem ficado acima da TBF. Conclusão: a poupança volta mesmo à lanterna. Texto Anterior: Desvalorizações: benignas e malignas Próximo Texto: O FMI e a Coréia Índice |
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