São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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Feliz 98

RODRIGO BUENO

Os jogos da Copa da França serão de longe os mais importantes de 98, mas não serão necessariamente os melhores.
Começando pelo sorteio dos grupos, passando pelos cruzamentos das chaves e terminando com as "zebras" que costumam ocorrer, o Mundial pode nos reservar poucas partidas com dois times de alto nível.
Para cada Alemanha x Iugoslávia ou Espanha x Nigéria, teremos vários Brasil x Marrocos ou Argentina x Japão.
Por sorte, muitas das grandes seleções do Mundial estão agendando amistosos entre si, contrariando uma prática de, em fase de preparação para a Copa, enfrentar só rivais frágeis, para chegar com moral no torneio.
O Brasil, por exemplo, tem apenas dois amistosos confirmados no primeiro semestre, contra Alemanha e Argentina.
Com certeza, esses jogos ganharão mais atenção do público brasileiro do que a final da Copa das Confederações (torneio oficial) contra a Austrália.
Entre janeiro e junho próximos, teremos duelos interessantes, como Espanha x França, Bélgica x Romênia, Chile x Nigéria e Itália x Paraguai.
Mas há grande chance de, a poucas semanas do Mundial, acontecerem jogos de cinema, como Argentina x Inglaterra, Argentina x Holanda, Iugoslávia x Itália, Iugoslávia x Inglaterra e Iugoslávia x Brasil.
O fato de essas partidas apresentarem um caráter amistoso, isto é, estarem desprovidas de uma preocupação excessiva com o resultado, permitem aos torcedores fantasiarem ainda mais sobre os confrontos.
Infelizmente, o jogo entre Coréia do Sul e México na Copa, por ser televisionado para o mundo, estará mais em evidência do que os épicos amistosos.
Para os amantes do futebol desfrutarem de um ótimo 98, o negócio é torcer para que o Mundial reserve grandes clássicos ou que os jogos preparatórios para a Copa oponham os supertimes do planeta.

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