São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997
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Estudante afirma que é cedo para se preocupar

DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 23 anos, a estudante de arquitetura Taluana Assuane de Araújo Patrício não quer ouvir falar em aposentadoria. Diz que ainda é muito cedo para pensar em parar de trabalhar.
Como ainda não começou a contribuir com a Previdência, ela está entre as pessoas que serão totalmente enquadradas nas novas regras válidas a partir da promulgação do novo texto constitucional.
Se não tiver esse tempo de contribuição, ela só vai poder se aposentar aos 60 anos de idade. No caso dos homens, o limite mínimo de idade é de 65 anos. Caso tenha 35 anos de contribuição, o homem pode se aposentar aos 60 anos.
O limite é reduzido em cinco anos para trabalhadores rurais e para quem exerce uma atividade em regime de economia familiar, incluindo o produtor rural, garimpeiro e pescador artesanal.
Se o texto atual da reforma for aprovado do jeito que está, Taluana também não vai ter direito à aposentadoria proporcional, que é extinguida pelas novas regras.
"Acho que essa não é uma notícia muito legal, mas não vou me preocupar. Sou uma pessoa que não gosta de ficar parada e acho que vou mesmo trabalhar até muito tarde", afirma a estudante.
Desde o ano passado, Taluana trabalha como estagiária em um escritório de arquitetura. Ela pretende se formar em julho de 98, mas diz que já fez quatro projetos em parceria com um colega já formado (e que não contribui para a Previdência).

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