São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997
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Brasileiro-97 premiou violência e rebeldia

PAULO COBOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na história dos Campeonatos Brasileiros, nunca valeu tanto ter uma equipe violenta e indisciplinada, assim como uma diretoria bastante atuante nos bastidores.
Vasco e Palmeiras, os finalistas, foram os times mais indisciplinados do torneio deste ano.
O principal atacante vascaíno, Edmundo, e o melhor zagueiro palmeirense, Cléber, lideraram o ranking dos jogadores mais advertidos da competição.
Eurico Miranda, vice-presidente do Vasco, e Mustafá Contursi, presidente do Palmeiras, cada um a sua maneira, pressionaram a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para conseguir vantagens para suas equipes.
Os treinadores Antônio Lopes, do Vasco, e Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, foram expulsos pelo menos uma vez de campo.
Além dos técnicos, os dois times receberam 22 cartões vermelhos.
Edmundo e Odvan, ambos do Vasco, receberam cartão vermelho em três jogos cada um.
Esse grande número de expulsões, no entanto, não foi problema para os advogados dos clubes no Tribunal Especial da CBF.
Só o meia Luisinho e Odvan, do Vasco, e o lateral Pimentel e o volante Galeano, do Palmeiras, foram suspensos por mais de uma partida.
E, no sábado, na decisão mais polêmica do Tribunal Especial durante o Brasileiro-97, Edmundo e Scolari foram absolvidos pela expulsão do primeiro jogo da decisão.
Os dois acabaram recebendo somente uma multa. Mas até os valores, R$ 120, para Edmundo, e R$ 90, para Scolari, foram uma vitória das equipes finalistas.
Neste Brasileiro, alguns clubes e atletas já haviam recebido multas de até R$ 3.000,00.
(PC)

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