São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997
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Verão solidário

AUGUSTO PINHEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Abrir mão das tão aguardadas férias de verão, em janeiro, para passar um mês no meio do sertão nordestino ou da floresta amazônica.
Foi isso que escolheram 2.170 estudantes universitários, que integram o programa Universidade Solidária (Unisol), em seu terceiro ano, promovido pelo Comunidade Solidária, do governo federal.
Esses jovens, acompanhados de professores, trabalharão com as comunidades de 195 municípios carentes, nas áreas de educação, saúde, saneamento básico, direitos do cidadão, entre outras.
"Estou muito empolgada", diz Katia Saggio, 22, que cursa biologia na Universidade Mackenzie e vai para Porteiras, no Ceará.
"Mas também tenho receio de como vou ficar psicologicamente ao me deparar com tanta pobreza", conta. Ainda assim, a jovem de classe média acha que, além de ajudar a comunidade, vai ser muito beneficiada. "Será uma experiência enriquecedora."
A coordenadora do programa, Elisabeth Vargas, diz que "os alunos acabam ganhando mais do que a comunidade". "Eles conhecem outra realidade e aprendem a respeitar as diferenças."
Para o professor Carlos Roberto do Prado, que coordena a equipe da Mackenzie, é uma chance para conhecer "a verdade do Brasil e voltar mais maduro".
Este ano, o programa conta também com uma caravana de artistas que vai percorrer o Nordeste.
Para participar do Unisol, o aluno tem de estudar em uma universidade cadastrada e fazer a inscrição na pró-reitoria de extensão. Há uma seleção e, para os aprovados, um curso de capacitação -além de bolsa de R$ 250.

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