São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 1997 |
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Comida típica "brota" do chão
ADRIANO SCHWARTZ
A refeição pode ser preparada, literalmente, em qualquer fundo de quintal. Em um buraco de uns dois metros são colocadas pedras e lenha, que absorvem bem o calor. As carnes -peixe, frango, porco- e os acompanhamentos são então enterrados, embrulhados em folhas de bananeira e em papel aluminizado (na versão turística). Depois de ficarem assando por cerca de três horas, os ingredientes são desenterrados. O gosto das carnes é bom, mas é inevitável uma sensação de estranhamento, devido, principalmente, à consistência que adquirem. Tudo fica meio pastoso, quase derretido. Como acompanhamento para qualquer curanto, é obrigatório o poe, um tipo de purê muito saboroso, que não precisa, necessariamente, ser enterrado para ficar mais gostoso. Para prepará-lo, bastam os seguintes ingredientes: banana madura (1 quilo), mandioca (500 g), abóbora (500 g), farinha de trigo (1 quilo), açúcar (200 g) e azeite (cerca de 200 ml). Tudo deve ser ralado, misturado e aquecido em fogo lento. Essa quantidade é suficiente para dez pessoas, e o poe pode ser comido quente ou frio. Existe ainda uma variação, sem banana e abóbora, que também é muito apreciada. (AS) Texto Anterior: John Dos Passos foi devorado pelo enigma Próximo Texto: Bife com fritas é alternativa Índice |
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