São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 1997
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O melhor

RODRIGO BUENO

Ser o melhor não é somente o sonho e a busca de qualquer atleta ou equipe. Também é uma obsessão para a mídia.
Como é praxe no final de cada ano, eclodem melhores isso ou melhores aquilo pelo planeta.
Se Edmundo é o melhor jogador brasileiro da temporada para a CBF, Raúl é eleito o astro de 97 na Espanha, Salas é nomeado o craque em atividade na Argentina, Bergkamp é o gênio do ano na Inglaterra, Jardel é o "Chuteira de Ouro" em Portugal etc.
Entre tantos melhores, deveria ser tarefa difícil apontar o melhor de todos. Mas não é.
Ronaldinho, que em janeiro passado foi eleito melhor do mundo pela Fifa e que em janeiro próximo deve receber de novo o título, fez história ao se tornar o primeiro sul-americano a ganhar a "Bola de Ouro" e ao conseguir pontuação estrondosa na eleição.
Pela fase de sonho que viveu no Barcelona até o primeiro semestre e pela regularidade que vem apresentando na Internazionale, o troféu máximo do futebol europeu é mais que merecido.
A diferença gigantesca entre o melhor e o segundo melhor na votação para a "Bola de Ouro" (222 a 72) é que gerou espanto.
O iugoslavo Mijatovic, que foi o vice mesmo tendo sido artilheiro das eliminatórias européias, líder da seleção que mais ascendeu no ranking da Fifa e campeão espanhol pelo Real Madrid, disse que esperava ser o melhor da Europa.
Indignado com o resultado altamente favorável ao brasileiro, declarou que pretende responder na Copa de 98.
Como ficou claro na Copa das Confederações, o nome Ronaldinho parece estar pesando nas votações. Ele, que brilhou só na final, foi eleito o destaque do torneio, para a surpresa de Romário. Que em 98, especialmente no Mundial, vença o melhor.

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