São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997 |
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Folha é a mais crítica em relação a Motta Conclusão é de estudo feito a pedido de ministério DA REPORTAGEM LOCAL Essa é uma das conclusões de um estudo encomendado pelo próprio ministério ao IBEC -Instituto Brasileiro de Estudos de Comunicação, pertencente a Oswaldo Martins, ex-assessor de imprensa do governador Mário Covas.Segundo cópia do relatório à qual a Folha teve acesso, "o objetivo do trabalho é aferir a imagem do Ministério das Comunicações na imprensa". A metodologia inclui a contagem dos centímetros quadrados de todas as notícias que citam o ministério e/ou o ministro Motta. As reportagens são então divididas em "negativas" e "positivas" -segundo a ótica do ministério. Uma segunda classificação feita pelo instituto leva ainda em consideração o "peso específico dos veículos" e a localização de cada reportagem no espaço editorial interno. Assim, centímetros quadrados viram centímetros ponderados. A Folha foi o veículo que mais contribuiu tanto para a pontuação "negativa" quanto para a cotação "positiva" do Ministério das Comunicações. O jornal publicou 86% das notícias "negativas" e 46% das "positivas". Com 9.356 centímetros quadrados sobre o ministério, a Folha foi também o veículo impresso que mais publicou textos contabilizados pelo estudo. Segundo os critérios de centimetragem ponderada, a Folha respondeu por 63% do material publicado sobre o ministério na chamada grande imprensa. Além da Folha, o universo pesquisado pelo IBEC inclui os jornais "O Estado de S.Paulo", "Jornal do Brasil", "O Globo", "Correio Braziliense", "Gazeta Mercantil" e "Zero Hora" e as revistas "Veja" e "IstoÉ". Na diferença entre o noticiário favorável e o crítico, a Folha foi o único jornal que teve saldo negativo: 2.480.136 de centimetragem negativa contra 1.934.146 positiva. "O Estado de S.Paulo" foi o veículo que registrou -segundo o IBEC- o maior saldo de noticiário favorável ao Ministério das Comunicações, seguido de "O Globo" e "IstoÉ". A revista "Veja" também teve saldo negativo. Grande parte da cobertura "negativa" da Folha deve-se à série de reportagens que o jornal publicou no final do ano passado denunciando a existência de um esquema que negocia a concessão de rádios FM por valores que vão de R$ 50 mil a R$ 150 mil. Esse foi o único tema no qual a cobertura jornalística do conjunto de meios de comunicação teve saldo negativo. Em todos os demais -telecomunicações (novos critérios de concessões), administração e política (a despeito do bate-boca de Motta com o então prefeito Paulo Maluf)- o saldo do noticiário foi favorável ao ministério. Texto Anterior: Parlamentares querem liberação de R$ 844 milhões do Orçamento Próximo Texto: Avaliações são quinzenais Índice |
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