São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997 |
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Delegacia não tem estrutura
MARIO CESAR CARVALHO
Uma casa deve ser alugada ainda no primeiro semestre deste ano, segundo Baldomero Girbal Cortada Neto, 37, delegado responsável pelo serviço. É um avanço, mas é pouco, diz Cortada Neto. Falta à delegacia equipamentos básicos, como colete à prova de bala e carros sem a identificação da polícia. Pode parecer piada, mas os carros da delegacia são pintados de preto e branco e trazem estampado o logotipo da Polícia Civil. "Proteger testemunha e investigar com carro branco e preto é burrice", afirma. "Precisamos de carros sem identificação". Proteger testemunhas custa caro. Nos Estados Unidos, onde os programas trocam a identidade das testemunhas, arrumam emprego para ela e escola para os filhos e cuidam até da correspondência, uma testemunha consome US$ 4 mil ao mês. No Brasil, um programa similar teria o mesmo custo, estima Cortada Neto. Segundo ele, a valorização da proteção à testemunha só virá quando a segurança pública for pensada com uma mentalidade similar à da iniciativa privada, que confronta custos e benefícios de forma mais racional. "Testemunha custa caro, mas dá um retorno muito grande. O investimento compensa", diz. (MCC) Texto Anterior: Sobrevivente foge para outro Estado Próximo Texto: 'A polícia está se lixando para a gente' Índice |
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