São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997 |
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Graxa X Computador . Quando o piloto 'meteu a mão na graxa' . 1951 - Juan Manuel Fangio, dono de oficina na Argentina, vence seu primeiro Mundial de F-1. O maior piloto de todos os tempos trabalhou como mecânico e preparava os próprios carros na década de 40. Sua habilidade dentro e fora do cockpit lhe garantiram cinco títulos mundiais, com cinco máquinas diferentes . 1968 - Jim Clark, após contato com mecânicos no torneio da Tasmânia em 67, sugeriu o uso do aerofólio. Nos treinos para a corrida de Teretonga, a peça (um pedaço de hélice de um helicóptero) foi pioneiramente utilizada. Clark teria se inspirado nos apêndices aerodinâmicos usados nos Chaparral de Jim Hall, em 66 . 1975 - Niki Lauda, outro expert do volante e de mecânica, colocou em prática o modelo 312T da Ferrari, que tinha um motor "boxer" de três litros acoplado a uma caixa de velocidades tranversal. A simbiose entre Lauda e a Ferrari resultaram nos títulos mundiais de pilotos e construtores de 73 e de 77 . 1976 - Emerson Fittipaldi faz sua estréia na Copersucar, a "equipe brasileira" da F-1. O piloto aproveita a experiência de bicampeão mundial para desenvolver o carro do time. Fittipaldi, além de investir e dirigir na scuderia nacional, atua de forma importante no desenho e na confecção dos protótipos . 1981 - Nelson Piquet, emérito acertador de carros, vence pela primeira vez o Mundial de F-1. Seu envolvimento com os carros é tamanho que estimula a entrada de fornecedores, como a BMW e a Pirelli, na categoria. Ex-mecânico, foi quem mais desenvolveu os pneus da Pirelli (em 85, rodou 20 mil km testando-os) . 1983 - Nigel Mansell, piloto inglês que ficou famoso por destruir carros, colabora diretamente no aparecimento e no aperfeiçoamento da revolucionária suspensão ativa hidráulica da Lotus 92. A estréia do equipamento, que deixou os bólidos mais próximos do solo, ocorreu no Rio de Janeiro . 1985 - Alain Prost conquista seu primeiro título na F-1 graças à poderosa McLaren, melhor equipe da década de 80. O francês, no entanto, passou importantes informações aos engenheiros da escuderia e trabalhou muito nos boxes para a formação do carro, que lhe deu três campeonatos da categoria . 1987 - Ayrton Senna conduz a Lotus a duas vitórias na temporada. O segredo do carro é a suspensão ativa (até então as equipes faziam uso da suspensão reativa), tecnologia que já havia sido testada em 78, pela Tyrrel, mas que só "no braço" de Senna conseguiu seu primeiro êxito efetivo na F-1 . Parafernálias eletrônicas do mundo automobilístico recente * Acelerador "fly-by-wire" - Não deixa o piloto acelerar o carro em demasia, evitando erros nas trocas de marcha * Controle de tração - Regula a força transmitida para as rodas traseiras. Impede derrapagens e compensa o movimento de suspensão * Diferencial hidráulico - distribui de maneira precisa a tração nas rodas traseiras durante a execução de uma curva * Suspensão ativa - Após "leitura" das irregularidades da pista, faz com que as suspensões variem de acordo com as ondulações * Câmbio automático - Trocam as marchas sem interferência do piloto, baseados nos limites de giro do motor e no traçado da pista * Computador de bordo - Permite ao piloto, entre outras coisas, saber a quantidade exata de combustível no tanque * Telemetria - Oferece ao piloto inúmeras e detalhadas informações sobre as condições de seu carro . Evolução do painel . Maseratti 1956 * Quantidade de combustível * Rotações por minuto * Pressão do óleo . Tasman indy Lights 1997 * Rotações por minuto * Pressão do combustível * Velocidade * Pressão do óleo * Tempo da última volta * Número de voltas * Temperatura da água Texto Anterior: Pilotos da Indy fazem 'lição de casa' Próximo Texto: Entidades desaceleram avanços Índice |
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