São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Dançando com a nova geração

Dividindo espaço com velhos sucessos, novas vozes também fazem muita gente dançar.
O grupo Skank, por exemplo, não só lidera a nova geração como supera todos os artistas do Brasil em vendagem de discos.
O CD "O Samba Poconé", lançado no ano passado, vendeu 1,6 milhão de cópias, mais que Roberto Carlos e É o Tchan, em 96.
Com ritmo dançante e letras fáceis, o Skank conquistou o público. Com quatro anos de carreira e três discos, os quatro integrantes do grupo já venderam mais de 3 milhões de discos.
"Não ouso dizer porque o Skank faz sucesso. Poderia dizer talento, trabalho, mas muita gente tem isso e não vende tanto", diz Samuel Rosa, 30, vocalista.
A música "Garota Nacional" está em primeiro lugar nas paradas do Chile, e o grupo acaba de se apresentar no Midem, a maior feira internacional de negócios na área da música, na França.
Vendendo menos, mas aparecendo tanto quando o clipe do Skank na MTV, "Ronaldo e os Impedidos" e "Os Ostras" também agradam a molecada, usando a velha fórmula de rock básico e clips com belas modelos. "Ronaldo e os Impedidos", com vocais do goleiro Ronaldo do Corinthians, lançou o primeiro disco em 96. "Não fizemos shows por causa dos treinamentos do Ronaldo", conta o guitarrista do grupo Fares Júnior, 26. Este ano, a agenda do grupo vai levar em conta a do Campeonato Paulista.
"Os Ostras" se apresentaram no Close Up Planet, festival comandado pelos Sex Pistols, em 96.
Inspirados na "surf music anos 60", o trio lançou CD com 7 das 13 faixas instrumentais. "Tem batida dançante. Por isso caiu no gosto popular. A letra é 'desencanada'. A gente não fala nada. Ninguém quer ouvir nada, quer dançar", diz Clayton Martin, 23, baterista.

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