São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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As marcas do verão

MARIANE COMPARATO
FOTOS: ROCHELLE COSTI

Marcas de verão
A moda agora inclui mostrar que foi à praia, deixando à vista as marcas de biquíni, que voltaram a ser "supersexies"
"Achava que aquele loiro maravilhoso era muita areia para o meu caminhãozinho", lembra Anna. "Aí ele começou a me olhar e a gente ficou", suspira, com ar de quem ainda vai se lembrar por um bom tempo da temporada que passou em janeiro na Guarda do Embaú, praia de Florianópolis.
No pescoço? "É para usar uma blusa de frente única: fica supersexy", completa Graziela de Araújo, 20. A frente única tomou conta dos bares e danceterias praianos: de preferência branca e de crochê, toda menina que se preze tem de ter uma. Se não tiver, tudo bem. Use um vestido ou um top decotado e escancare a sua "marquinha".
E não só em volta da nuca, a da cintura também, com uma minissaia ou uma calça de cintura superbaixa. "Comprei uma calça tipo 'Saint Tropez' um número acima do meu, para mostrar bem a marca", ensina Marta de Souza, 21, que, neste verão, está trabalhando na lojinha do Cabral Sirena.
Sua amiga Marli Soares, 20, aprova: "Neste ano a gente resolveu fazer 'a' marca. Quando o sol está mais forte, uso sempre o mesmo biquíni". De cortininha, claro. Biquíni tomara-que-caia, que não deixa marca, está fora.
O short não saiu de cena. Muito pelo contrário, agora já vem com lacinho: "Gostei da idéia, porque, se eu for usar biquíni sem lacinho, já tem no short, é mais prático", diz Marta.
Dançando no Cabral Sirena, de calça Saint Tropez e "piercing" no umbigo, Olívia Helena Sanches, 15, dizia não ligar para a marca na cintura. Não é o que parece: sua calça Saint Tropez deixava a calcinha de fora e, ainda acima dela, a marca do seu biquíni asa delta. "É charme", diz Olívia.
Tatuagem está com tudo
E nenhum verão paulista teve tantas marcas. Para ser uma garota de praia de verdade, precisa também fazer uma tatuagem. Nada de dor ou de uma mancha para sempre. As mais medrosas podem tentar a "tatuagem de verão".
Não dói nada, dura de cinco a oito dias e pode ser molhada. O desenho é pintado com nanquim, e é aplicada uma camada de verniz por cima.
Anna Bianzin se preparou para o verão fazendo uma tatuagem tribal na região lombar. Graziela de Araújo, sua amiga, é uma daquelas que "não teve coragem". "O jeito foi fazer a tatuagem temporária", diz.
"Revival"
Para finalizar o visual verão, um bracelete. De couro, palha ou prata, voltou a ser a última moda. Mas ele não pode ser esquecido no braço, pois essa marca ninguém quer. Além disso, tem de combinar com a roupa.
Na praia, pega melhor o bracelete de prata. À noite, o de couro ou palha porque combinam com as roupas em tons marrom.
Biquíni de crochê também continua, nas cores branca ou azul turquesa, mas agora vem com forro e é feito com linha de lycra, para secar mais rápido e não ficar transparente. "Adoro ver aqueles de lacinho, bem pequenos, mas a menina tem de poder usar, não pode ser gorda", diz Paulo Bastos de Oliveira, 16.

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