São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
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Ladrões e vândalos preocupam operadora

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao assumir a concessão da Dutra, a NovaDutra passou a se preocupar com dois problemas sérios nas estradas brasileiras: segurança dos usuários e vandalismo.
Na NovaDutra não figura, entre seu corpo de funcionários, uma equipe de segurança. Mas a empresa espera combater esse problema com a operação rodoviária.
A cada 15 minutos, um veículo da empresa passa pelo mesmo ponto. Os sistemas de comunicação estão sendo melhorados e, até dezembro deste ano, a estrada deverá estar totalmente equipada com uma rede de comunicação digital de fibra ótica.
Além disso, serão instalados um sistema de telefonia de emergência com 826 caixas de chamada, 30 painéis de mensagens variáveis e 20 câmeras de circuito fechado de televisão.
"Toda essa parafernália eletrônica está envolvida num processo de comunicação muito rápido, que esperamos venha a ser um agente inibidor da contravenção", afirma Sarubby.
Ele espera que as ocorrências de assalto e roubo a que estão sujeitos os usuários sejam, cada vez mais, reprimidas com esse sistema de operação.
O pessoal técnico e de operação da NovaDutra vai estar, permanentemente, vigiando o estado geral dos equipamentos, mas a empresa espera enfrentar problemas de vandalismo.
"É comum encontrarmos placas de sinalização transformadas em mira de tiro ao alvo, é comum encontrá-las furadinhas como peneiras, mas temos de substituí-las com presteza para não deixar que a coisa degrade e, até mesmo, para criar um espírito de qualidade de serviço", diz Sarubby.
Para ele, à medida que o serviço público for prestado com qualidade, o usuário saberá dar-lhe importância.
"É o mesmo caso do metrô. O usuário do metrô é o mesmo dos trens de subúrbio e, no entanto, ele se comporta de um jeito dentro do metrô e de outro dentro dos trens", explica.
"Ele é um cidadão de Primeiro Mundo no metrô e um vândalo nos trens."
Sarubby espera que quem passe pela Dutra, daqui para a frente, usuário genuíno ou não, seja bafejado pelo "efeito metrô".
(ACS)

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