São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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País quer reverter mau desempenho

LUCIA MARTINS
DE LONDRES

Com a participação do presidente Fernando Henrique na conferência, o Brasil quer reverter os últimos resultados obtidos nas relações comerciais com o Reino Unido e com a União Européia.
No caso específico do comércio com o Reino Unido, a situação é ainda pior. No ano passado, as exportações do Brasil para os britânicos tiveram uma redução de 0,14% (saldo total de US$ 1,3 bilhão). Nos dois anos anteriores, a taxa era positiva e se manteve ao redor de 8% de crescimento.
"Temos que reverter essa imagem", diz Damon Graham, da SkyTraders International, que está organizando um evento para levar empresários britânicos ao Brasil.
Outro lado
O caminho inverso (exportações do Reino Unido para o Brasil) também teve problemas. Apesar de apresentar um crescimento nos últimos três anos, o índice está caindo -passou de 52%, em 1993, para 25%, no ano passado.
Além disso, no total, o comércio com o Brasil é muito pequeno. Representa 0,4% do total de suas exportações (31º lugar no ranking). No mercado importador brasileiro, a participação britânica passou de 2% em 1995 para 2,3%, no ano passado.
Para o embaixador do Brasil em Londres, Rubens Barbosa, um dos grandes entraves hoje para o crescimento das exportações brasileira é a limitação da pauta de produtos vendidos para a Europa.
"A composição da pauta ainda é muito concentrada em produtos agrícolas. O Brasil tem que tentar diversificar mais os seus produtos para tentar expandir o comércio com a Europa", disse.

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