São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Carro e álcool não combinam

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Quem bebeu muito durante os bailes não deve nem pensar em chegar perto de carros, motos, piscinas e lagos.
O álcool altera a capacidade de percepção e de reação das pessoas. Um obstáculo, que normalmente é percebido como sendo de risco, pode ser enfrentado sem preocupações por quem bebeu muito. O tempo de reação e os reflexos também ficam mais demorados.
Não é à toa que o número de acidentes automobilísticos e de brigas sérias tendem a aumentar muito nessa época do ano.
Eduardo F. Von Uhlendorff, do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da USP, explica que lesões da coluna cervical (região do pescoço) também crescem no Carnaval. Os foliões "saltam" de cabeça em lagos e piscinas pouco profundos e acabam comprometendo sua coluna. A pessoa pode ficar tetraplégica (paralítica).
Afogamentos também podem acontecer pela falta de coordenação motora e reflexos lentos.
Desmaios
Toda pessoa que for encontrada desacordada deve ser levada rapidamente para um posto médico ou pronto-socorro.
Os médicos vão poder avaliar com mais precisão qual foi a causa do desmaio. Em alguns casos, o tratamento deve ser imediato.
Falta de açúcar no sangue (hipoglicemia), coma alcoólico (excesso de álcool) e excesso de drogas são as principais causas dos "apagamentos" durante o Carnaval.
(JB)

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