São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Calma surpreende em Quito

IGOR GIELOW
DO ENVIADO ESPECIAL

Para a capital de um país com três pessoas se proclamando presidente e nenhuma agindo de fato, meia semana de conflitos entre polícia e manifestantes e muita incerteza econômica, Quito surpreende pela calma.
Apesar do estado de emergência convocado na sexta, ontem era possível andar sem problemas pelas ruas da cidade -"vazias como deveriam estar em um sábado de Carnaval", como observou um taxista.
Na única barreira policial pela qual a reportagem passou, a surpresa: foram entregues panfletos de uma campanha de segurança nas estradas durante o Carnaval.
Os parques das regiões central e norte da cidade estavam movimentados, com vendedores de artesanato indígena trabalhando e crianças jogando bola.
No sul, centro histórico e palco dos conflitos de quinta e sexta, a situação muda um pouco. Não há muita gente na rua, e a praça central estava praticamente vazia.
Bandeirolas do Equador se agitam em boa parte das casas dos bairros residenciais -a exemplo do que acontecem em Lima quando começou a crise dos reféns na casa do embaixador do Japão.
Sem ostentar nomes, elas saúdam a queda, temporária ou não, de Bucaram.
Na região serrana do Equador, onde fica Quito, são registrados os mais altos índices de impopularidade de "El Loco" -visto como um populista "caipira" da região da costa pelos habitantes.
(IG)

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