São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Prazo da troca do óleo depende do uso do carro

DA REPORTAGEM LOCAL

A troca do óleo lubrificante do motor nos prazos previstos pelas montadoras prolonga a vida útil do veículo e evita danos ao motor.
O óleo tem como função diminuir o atrito entre as peças metálicas, absorver o calor, limpar as superfícies internas e proteger os componentes contra a corrosão.
Tempo ideal de troca e o tipo do lubrificante são indicados no manual do proprietário. Em média, o óleo deve ser substituído a cada 10.000 km ou seis meses.
Em condições mais severas de uso (tráfego pesado, estrada de terra etc.), a troca deve ser feita antes, entre 4.000 km e 6.000 km.
"A maioria dos motoristas preocupa-se apenas com a quilometragem para fazer a troca. O óleo também perde suas características com o carro parado na garagem, por envelhecimento", diz o mecânico Luiz Yoshimura.
Com o uso constante do veículo, o nível do óleo naturalmente abaixa -a verificação deve ser feita semanalmente, com o motor desligado e o carro nivelado.
Pode-se apenas completar o nível do reservatório, desde que com o mesmo tipo de lubrificante usado na última troca.
Já o filtro de óleo deve ser trocado a cada 15.000 km (ou duas trocas de óleo) -o preço médio do componente original varia entre R$ 12 e R$ 20.
Tipos de óleo
Os óleos podem ser minerais ou sintéticos. Os minerais, mais baratos, são mais usados no Brasil.
A troca de óleo mineral (à base de petróleo) fica entre R$ 15 e R$ 25. O óleo sintético, mais indicado para motores de alto desempenho, custa, em média, o triplo.
"O óleo sintético é muito superior ao mineral. Melhora o desempenho do motor e os períodos de troca são maiores", diz Cyro Gallão Filho, engenheiro da Motul.
Mas os óleos sintéticos, por terem alto poder de limpeza, só podem ser usados em motores novos, ou com até 50.000 km de uso.
"Podem promover excesso de limpeza em motores muito sujos e desgastados, ocasionando grandes folgas", diz Gallão Filho.

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