São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997
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Receita Federal é último desafio

FERNANDO ROSSETTI
DE NOVA YORK

O problema que ainda tem de ser resolvido para a viabilizar o esquema de doações contínuas de computadores dos EUA para o Brasil é relacionado à Receita Federal.
Velha conhecida dos cientistas brasileiros -para quem já foi mais rápido comprar um novo microscópio eletrônico do que aguardar a liberação da importação de uma peça de reposição-, a Receita Federal é citada como entrave por empresários dos EUA.
"Ouvi casos em que o empresário doou os computadores, mas a liberação na alfândega demorou oito meses e, depois, a Receita Federal mandou uma conta de US$ 20 mil pela estocagem do material", diz Rodrigo Baggio.
A idéia, agora, é conseguir um acordo com a Receita -que está sendo mediado pela Comunidade Solidária- para liberação imediata dessas doações.
"O que quero é criar uma rotina na Receita. Muitas empresas vincularam promessas de doações a essa agilização da burocracia", afirma o coordenador do CDI.
Atualmente, a importação de um computador de segunda mão doado pode levar de seis meses a um ano e meio. "Se hoje o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) doa micros 486, daqui a oito meses já vai estar doando Pentiums (um tipo mais avançado de micro)", diz Rodrigo.
Ocorrendo essa agilização na Receita, a maioria das escolas já instaladas também poderá se beneficiar do esquema, com máquinas mais modernas.
(FR)

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