São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997
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O que foi decidido

1 - Abdalá Bucaram está destituído do cargo por incapacidade mental
2 - O presidente interino, Fabián Alarcón, volta a assumir seu cargo de presidente do Congresso
3 - A vice-presidente Rosalía Arteaga assume como presidente interina por um período de dois a oito dias
4 - Nova eleição no Congresso, por maioria absoluta, define o nome do próximo presidente interino, que vai ficar no cargo até agosto de 1998
5 - Rosalía reassume o cargo de vice quando o novo presidente estiver escolhido
6 - Novas eleições gerais marcadas para agosto do ano que vem

- O sobe-desce da crise
Desce
. Abdalá Bucaram - O presidente deposto está sem opções após a perda do apoio das Forças Armadas. "El Loco" disse que vai concorrer novamente à Presidência no ano que vem. Deve se encastelar nas províncias da costa e reforçar sua base eleitoral

Desce
. Fabián Alarcón - O presidente do Congresso viu o apoio à sua manobra parlamentar esvaziado. Ex-presidentes, líderes empresariais e sindicais declararam apoio à destituição de Bucaram, mas não ao governo Alarcón. Submeteu-se ao comando militar

Na mesma
. Rosalía Arteaga - Deu seu grande golpe de sorte ao anunciar sua resistência como presidente. Sem apoio político expressivo, viu seu nome surgir consensualmente como uma solução temporária para a crise. Depois da nova eleição, volta para a Vice-Presidência

Sobe
. Paco Moncayo - O líder das Forças Armadas conduziu um golpe branco sem intervenção direta na ordem democrática, ao impor a saída de Alarcón e o mandato-tampão de Rosalía, sem tanques nas ruas e com a popularidade maior do que nunca

Sobe
. 'Quarta opção' - Com o vazio no poder, surgiram especulações sobre quem seria a opção no caso da renúncia dos três 'presidentes' do Equador. Falou-se em juízes da Suprema Corte e até o partido indígena ofereceu um nome

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