São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Brasil pode perder mercado
FREE-LANCE PARA A FOLHA A redução do volume de exportação, na opinião de Carlos Domingues, diretor-secretário da Abecafé (Associação Brasileira dos Exportadores de Café), pode ser um precedente perigoso."A cota do Brasil é a maior. Estamos vivendo um momento de escassez", diz. Segundo ele, não tem sentido reduzir cotas neste momento. "O Brasil vem buscando ampliar a balança comercial. Com a redução, poderemos prejudicar a balança comercial e perder mercado. Vamos dar de bandeja aos países que não são membros da APPC", acrescenta. Domingues acha muito baixo os números que vêm sendo divulgados sobre a atual safra. "Não houve nenhuma geada, nem seca. Os números que estão sendo divulgados são muito baixos", diz Domingues. A Abecafé pretende divulgar no final deste mês uma estimativa sobre a safra. Roberto Sarcinelli, conselheiro da Abecafé e diretor-superintendente da Rio Doce, diz que a redução da cota de exportação do robusta não afeta o Brasil. "O Brasil não tem café robusta para exportar, porque esse produto está sendo absorvido pelo mercado interno", diz. Ele contesta os números divulgados sobre a queda da safra brasileira citando uma declaração de Leon Yalouz, ex-integrante do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos. "Ele disse que o Brasil deve produzir 27 milhões de sacas de café nesta safra. E isso provocou uma baixa de 400 pontos na Bolsa de Nova York. É bem diferente do que está sendo divulgado aqui." Sarcinelli critica a falta de um representante do Espírito Santo no CDPC (Conselho Deliberativo da Política Cafeeira). "A ausência do Estado é falta de sensibilidade política das pessoas que montaram o conselho", diz Sarcinelli. Texto Anterior: CNC quer liberar estoques do Funcafé Próximo Texto: MS declara guerra contra a aftosa Índice |
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