São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Brasil tenta reduzir atritos com os EUA
CLÓVIS ROSSI
É uma alusão à guerra de palavras entre autoridades dos dois países em torno de divergências existentes essencialmente na área comercial. São, principalmente, duas: 1 - Os EUA gostariam que o governo brasileiro acelerasse a abertura de seu mercado nas áreas de telefonia e informática. O Brasil está cedendo na questão da telefonia, mas ainda opõe resistência no que diz respeito ao mercado de informática. 2 - Os EUA têm muito mais pressa do que o Brasil na redução de tarifas de importação para a constituição da Alca (Área de Livre Comércio das Américas, a ser formada pelos 34 países americanos, com exceção de Cuba). O Brasil prefere consolidar o Mercosul e avançar na integração deste com os demais países sul-americanos, antes de aprofundar a negociação em torno da Alca. Dificuldades Lampreia vai-se reunir também com Charlene Barshefsky, xerife do comércio norte-americano, com as qual as dificuldades parecem ainda maiores. O presidente Fernando Henrique Cardoso atribui tais dificuldades ao crescimento do comércio entre os dois países. Sempre que há maior intercâmbio entre países, crescem as divergências, que o presidente acha naturais no que chama de "jogo de gente grande". A viagem do chanceler brasileiro destina-se, formalmente, a conhecer melhor Albright, que acaba de assumir o comando da diplomacia norte-americana, em substituição a Warren Christopher. Com Christopher, Lampreia tivera cinco longos encontros e a relação pessoal era considerada muito boa. O ministro brasileiro aproveitará a viagem aos EUA para ter seu primeiro contato formal com Kofi Annan, novo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que substituiu Boutros-Boutros Ghali. Texto Anterior: Na Itália, FHC nega mudança cambial Próximo Texto: Entrevista de Lampreia causa polêmica Índice |
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