São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997
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Mocidade, Viradouro e Imperatriz brilham no desfile do esparadrapo

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos do Viradouro travaram um duelo de criatividade e competência técnica no segundo dia do desfile das escolas de samba do Carnaval do Rio.
As duas escolas, ao lado da Imperatriz Leopoldinense -que desfilou no domingo- são as mais fortes concorrentes ao título de campeã do Carnaval carioca. A vencedora será conhecida hoje. Os envelopes com as notas dos jurados serão abertos a partir das 15h.
A Mocidade, com o enredo "De Corpo e Alma na Avenida" luta pelo bicampeonato. A Viradouro, com "Trevas! Luz! A Explosão do Universo", tenta se recuperar do vexame de 96, quando foi a 13ª.
Esta ano, a escola do carnavalesco Joãosinho Trinta inovou com o uso do preto em carros e fantasias e ao usar batida funk no samba.
Ao final do desfile, Trinta foi saudado com o "u-tererê", grito de guerra das galeras funk.
Renato Lage, carnavalesco da Mocidade, inovou ao aproximar o samba do clássico. O casal de mestre-sala e porta-bandeira Rogério e Lucinha deixou de lado a coreografia do samba e usou balé.
Já a polêmica foi, mais uma vez, causada pela nudez nos desfiles. Desta vez, o grande personagem foi o esparadrapo. Três modelos da Acadêmicos de Santa Cruz tiveram que desfilar de camisa na cintura.
O motivo? O presidente da Liga das Escolas de Samba, Jorge Castanheira, não concordou com a tese das modelos de que o esparadrapo funcionava como tapa-sexo.
Já o adesivo usado por Fafá Cunha, destaque da Beija-Flor, foi exibido. Prevenida, Fafá disfarçou o esparadrapo com uma pintura que simulava pêlos pubianos.
Mais precavida, a modelo Valéria Valenssa desfilou na Portela coberta por um tapa-sexo.
O Carnaval do funk e do esparadrapo mostrou também que os bicheiros cariocas estão mais discretos. O único a desfilar pela avenida foi Luizinho Drummond, patrono da Imperatriz Leopoldinense.
Ailton Guimarães Jorge, ex-presidente da Liga das Escolas de Samba, ficou num camarote. José Carlos Monassa, da Viradouro, só foi à concentração. Outros bicheiros não foram ao Sambódromo.
Quatro escolas descem para o grupo de acesso. Rocinha, Santa Cruz, Império Serrano, Unidos da Tijuca, Estácio de Sá e União da Ilha torcem para não desfilarem para arquibancadas vazias, no sábado, em 1998.

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